Seu a seu dono

Chamem-lhe homenagem ou reconhecimento público. Não interessa.
Não o vou fazer à família ou alguém mais próximo do meu sol. Espero demonstra-lo e dize-lo vezes suficientes (nunca o são) e, a seu devido tempo, virá um post para isso.

Escrevo a quem me marca de maneira diferente, a um nível completamente distinto, ligado à minha química que entra em ebulição perante um desafio, provocação. Um gene nortenho mais sensível e de dentes arreganhados. Faço-o a quem, provavelmente, nem se apercebe do gosto saboroso que me dá ver, ouvir, ler, outros discursos, debater e, por fim, escrever.

Ao Pedro Guerra, pelas suas deliciosas histórias, pela imagem de cigarro na mão (e eventualmente um teletubbie na outra..) à luz duma vela redesenhada. Pela maneira como moldas as palavras à semelhança da plasticina (o calor das mãos e o detalhe).

Ao "meu" Sérgio Silva, jornalista nas horas vagas e do "tá calada". Desculpa, mas sabes que em relação à lógica sou como um gato atrás dum ponteiro a laser (o jacuzzi já tem um gerador próprio?...). Pela forma como fazes as palavras e as frases soarem mais alto e não cairem num saco sem fundo.

Ao Pedro Aniceto, ainda que longe, me tenha feito querer voltar a escrever. Por fazer das suas histórias um perfeito embrulho (um presente!) quando poderiam ser uma embrulhada. As palavras à mercê do pensamento, assumidamente, sem anseios (digo eu) de escritor profissional como manda a regra. O teu rigor seja na gramática ou nos detalhes, não impede de sentir os textos. Voam naturalmente.

Ao 382 u, não por ser verde ou pela escrita nem ainda por ser melga. Vá, talvez por ser melga. Por me ter sempre acompanhado. Pela muito saudável relação à chapada gentil. Por ser meu amigo. Obrigada Álvaro.