domingo, 6 de julho de 2008

Noite de S. João

Não espero que quem nunca tenha vindo ao S. João perceba. Muitos que dizem ter festejado não tiveram sequer um vislumbre do espírito.
Li algures que a tradição do martelo do S. João estava ligada à resolução de quezílias entre os portuenses. Hoje os martelos são de plástico e ninguém lhes tira o lugar.
A ideia de conseguir sorrisos sinceros de forma natural com simples "pancadinhas", guerras de marteladas ou toca-e-foge com pessoas que nunca vimos na vida é, para mim, surreal. É mágico. É ter os limites completamente alterados, regras de comportamento e barreiras da sociedade longe, muito longe de nós, ter o ambiente preenchido de vontade de brincar, de conviver, de partilhar. É bom, é muito bom - ainda que seja só uma noite por ano - sermos mais nós, permitir que nos roubem risos e que nos martelem a cabeça à e com vontade!

Um comentário:

Eirado disse...

Para mim era s. joão todos os dias, e andava a martelar por essas ruas fora, mas com um martelo a sério.