2010 não foi um ano fácil. Embora não tivesse havido grande surpresa é sempre muito duro, demasiado duro termos de crescer com os acontecimentos naturais da vida. Perdi muito. Perdemos muito. E sentimo-nos derrotados. Eu cheguei a sentir. Mas também ganhei imenso. Porque em todas as alturas duras estive sempre rodeada de todo carinho, cuidado, atenção e amor. Porque nada na vida é perfeito, mas senti-me perfeita porque mesmo as piores alturas não podiam ter corrido melhor.
E sou muito sortuda. Porque me ajudaram a ter presente que só perdemos realmente se largarmos, se deixarmos. Se nós nos perdermos.
E sou realmente sortuda porque nos melhores momentos também tive o mesmo carinho, cuidado, atenção e amor. Porque só foram melhores por isso.
Reaprendi também que desistir por vezes também é ganhar. Sei mais, conheço mais e defini um pouco mais os meus limites, objectivos e desejos.
Muito obrigada a todos.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
O que conta a memória do meu avô
"Sou soldado socialista soviético sem Salazar saber.
Se Salazar soubesse sério sarilho seria!"
Se Salazar soubesse sério sarilho seria!"
Arre porra!
Nos anos 50, depois de cerca de 30 anos de salazarismo, circulavam de boca em boca estes versos populares:
"Cortejos e procissões,
Fátima, fados e bola
são as únicas distracções
de um povoque pede esmola!
Meia-noite; a marcha passa
entre canções, ao luar;
bendita seja esta raça
que mata a fome...a cantar!
Trinta anos de censura
Vinte de Caixas Sindicais
Mais trinta de ditadura,
arre porra, é demais!
"Cortejos e procissões,
Fátima, fados e bola
são as únicas distracções
de um povoque pede esmola!
Meia-noite; a marcha passa
entre canções, ao luar;
bendita seja esta raça
que mata a fome...a cantar!
Trinta anos de censura
Vinte de Caixas Sindicais
Mais trinta de ditadura,
arre porra, é demais!
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